Distraída
tens o olhar descoberto
como o céu de setembro...
deste-me o presente
quando temias abandonos.
quase não via manhãs nos teus olhos.
ocultavas o passado como as sombras
desfeitas nas águas.
de ti,
sobrou-me apenas retratos
e palavras iluminadas
em cada poema escrito
ao meio dia.
Sou eu mesma.
Uma alma distraída
que aluga luares
para sonhar.