Distraída

tens o olhar descoberto

como o céu de setembro...

deste-me o presente

quando temias abandonos.

quase não via manhãs nos teus olhos.

ocultavas o passado como as sombras

desfeitas nas águas.

de ti,

sobrou-me apenas retratos

e palavras iluminadas

em cada poema escrito

ao meio dia.

Sou eu mesma.

Uma alma distraída

que aluga luares

para sonhar.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 25/09/2017
Reeditado em 26/09/2017
Código do texto: T6124933
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