Sem vidraças




 
Acordou dum sono profundo, deu uma olhada na tela do tempo,
E alguns sonhos que um dia, julgara lindos, estavam perdidos,
Outros; Ah já haviam sido apagados da memória, todos esquecidos.
Percebeu que sendo tudo só sonho, poderia continuar a sonhar,
Sem que precisasse num novo sono afundar ...

Reconheceu que tudo não passara de palavras, sem melodia.
Queria muito mais da vida, andar sem remorsos, queria.
Sem o medo de não acertar.
Nascera livre como os pássaros!

Pelos seus olhos só passavam cenas de verde esperança,
Esta era a cor do seu olhar, a cor da alegria de poder amar.
Saía por aí transformando galhos secos em folhas,
Em flores belas.
A sua casa agora era sem vidraças, sem portas ou janelas.

Era chamada de tola, ridícula, sonhadora fora de tempo.
Não queria admitir, mas que era melhor, que elas,
Disso sabia, e as suas fantasias, registrando os momentos,
Escrevia. Não ligava, encarava o seu novo mundo,
Encantada com a vida,
guardava em sua alma, um jeito simples de poesia.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 09/09/2017
Código do texto: T6109182
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