Errante

Sou errante constante, no vale das sombras amargurado

Com ódio na caneta, e o rancor acumulado

Com dores, fases, angústia, solidão

Caminhando cego, querendo o perdão

Querendo conhecer o amor, a vida, e toda esperança

Que me tiraram em vida, quando ainda era criança

É foda, sempre me pergunto como eu consigo?

Sentir tanta dor e permanecer sorrindo

É loco o bagulho, gela o peito, dói a alma

Descasca os pensamentos numa loucura cinematográfica

Entre fugas de viaturas, correndo com o b.o

Rezando para que meus sonhos, não se tornassem pó

Eu observo em meio a rua, crianças dormindo no chão

Enquanto burgueses filhos da puta, ganham com a corrupção

A gente se contenta, a gente mesmo falha

E depois nós nos matamos, disputando as migalhas

Juan JCP
Enviado por Juan JCP em 19/08/2017
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