Casa

Não estou pronta pra fazer turismo no teu corpo,

Quero me abrigar e cuidar do aconchego.

Não sei ocupar meios espaços,

Tua sala seria meu estar

Se tua cama fosse meu pouso.

Não gosto de tomar por empréstimo

Dá-me uma cópia das chaves

Ou tranque de vez tua porta.

Não chamo mais pelo teu nome.

Vou esquecer teu endereço.

O mundo é vasto e eu viajante

Manter-me na estrada é vício

Constante e sempre errante,

Em cada esquina, um novo início.

É o caminho das estrelas o que persigo.

Renata Vasconcelos