SOLIDÃO

A chuva bate nas janelas

Os seus olhos clareiam-me à noite

O travesseiro serve-me de consolo

Fugaz, o pensamento toca as estrelas

Ah solidão! Vou pegar a carruagem

Empolgado vou correr estradas

Levarei muita esperança na bagagem

Entrelaçando sonho e realidade

O mar revolto, o coração fica à deriva

As gaivotas voando mostram-me o caminho

Os vaga-lumes como luzes da ribalta

Guiam-me até encontrar o meu destino

Um elo liga-me ao espaço

Busco a essência da vida

O senhor supremo tira-me do poço

É um sonho feliz querida

Explosões de emoções sentirás

O meu ser queimará de expectativa

O chão faltará aos pés

Neste momento estarei firme ao seu lado

O esplendor da tua pele nua

Mostrando-me a pujança do seu sangue

O calor do seu corpo, desnudo minha alma

Meu corpo e alma farão grande festa.

Osvaldo Teles

Osvaldo Teles
Enviado por Osvaldo Teles em 08/08/2017
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