SOLIDÃO
A chuva bate nas janelas
Os seus olhos clareiam-me à noite
O travesseiro serve-me de consolo
Fugaz, o pensamento toca as estrelas
Ah solidão! Vou pegar a carruagem
Empolgado vou correr estradas
Levarei muita esperança na bagagem
Entrelaçando sonho e realidade
O mar revolto, o coração fica à deriva
As gaivotas voando mostram-me o caminho
Os vaga-lumes como luzes da ribalta
Guiam-me até encontrar o meu destino
Um elo liga-me ao espaço
Busco a essência da vida
O senhor supremo tira-me do poço
É um sonho feliz querida
Explosões de emoções sentirás
O meu ser queimará de expectativa
O chão faltará aos pés
Neste momento estarei firme ao seu lado
O esplendor da tua pele nua
Mostrando-me a pujança do seu sangue
O calor do seu corpo, desnudo minha alma
Meu corpo e alma farão grande festa.
Osvaldo Teles