SOL EM SANGUE
Atiraram no sol,
Mataram o seu brilho,
Coágulos de sangue
Entorpecem, agora,
Os dias d’antes luzidios.
E agora vedes em mim!
Será que choro por isso?
O sol é tão bastardo
Quanto a Terra é para
O Espaço.
Atiraram no sol
Dentro de mim,
Mas não foi nenhum
Assassinato, foi ofício próprio:
Ato que me fiz por necessário.
Esse astro de fogo -
Mesmo eu gostando do fogo -,
Não ilumina
Os meus pensamentos,
Isso cabe à noite, pois é lá que cuspo veneno!
Não derramo uma única lágrima
Pela desconfiguração do sol,
Só este me serve apenas como farol
Para indicar o tempo.
Sou da noite, onde tempo não é tempo!
Atiraram no sol,
Mataram o seu brilho,
Coágulos de sangue
Entorpecem, agora,
Os dias d’antes luzidios.
E agora vedes em mim!
Será que choro por isso?
O sol é tão bastardo
Quanto a Terra é para
O Espaço.
Atiraram no sol
Dentro de mim,
Mas não foi nenhum
Assassinato, foi ofício próprio:
Ato que me fiz por necessário.
Esse astro de fogo -
Mesmo eu gostando do fogo -,
Não ilumina
Os meus pensamentos,
Isso cabe à noite, pois é lá que cuspo veneno!
Não derramo uma única lágrima
Pela desconfiguração do sol,
Só este me serve apenas como farol
Para indicar o tempo.
Sou da noite, onde tempo não é tempo!