Brinquedo solar

Nunca perguntei por que

cortaram a minha língua,

apagaram meus escritos...

Deixaram diante dos meus olhos,

desertos signos frios,

vazios, incompletos.

Em um rosto cortado de rios,

por desvios desconhecidos...

Lá se vão a procura do mar,

No momento estão perdidos.

Desconfio que em um plano arenoso

Onde o sol brinca de esparramá-los no ar!

Luzineti Espinha
Enviado por Luzineti Espinha em 25/06/2017
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