SOU A SEMENTE

Eu sou a semente

Que foi germinada

Afinal sou gente

Que crê e que sente

Seguir nesta estrada!

Eu sou esse grão

Que se viu crescer

Mesmo em solidão

Eu vou dizer não

A quem não me quer!

Eu serei a espiga

Para desfolhar

Uma voz amiga

Que em cada cantiga

Eu tento cantar!

Talvez seja fruto

Desse teu jardim

Ou até produto

Que num estado bruto

Me deixa assim!

Depois na colheita

Sou folha ceifada

Sou poema à espreita

Na vida desfeita

Que afinal…é nada!

Renato Valadeiro

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 25/06/2017
Código do texto: T6037135
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