CARNAVAL
A rosa continua debruçada na janela,
tão viçosa reluz parece uma açucena.
Para o meio cravo despedaçado agora recomposto
vestido de Arlequim ela acena o bem que se quis.
A banda passa, ladeira abaixo passam
aumenta o calor dos ânimos, encenemos o festim.
O séquito ampara o desamor,
despetalados giram rosa e cravo
embriagados do sol visto pela janela.
Em busca do tempo perdido giram pétalas na calçada.
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Baltazar
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Baltazar