MEU CORPO EM PEDAÇO

Entrego em tuas mãos todo o meu ser, ó deus!

tens o poder, a vida, a realidade nas mãos,

chegou a hora da definição, da verdade nua,

absoluta, arrebata ou leva-me ao chão.

Defina-me em seu todo, em todo mal ou bem,

não deixe nada a desejar, nesta definição fatal,

não sei onde estou, só queria estar lá

onde os olhos brilham e as mãos se afagam.

Onde a vida tem vida, em um desejo visceral,

os lábios se encontram em uma fúria extrema,

o desejo se derrama aos olhos da cara

onde encontro o eu, a vida, o encantamento.

na penumbra os corpos se procuram,

as mãos se tocam suavemente ou em uma brutalidade mortal,

lá a alma é verdadeira, inteira, o corpo entrega-se ao extremo,

para que a alma encontre a luz sobre os escombros

do meu corpo em pedaço.

LAZARO MARTINS
Enviado por LAZARO MARTINS em 23/06/2017
Reeditado em 01/02/2020
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