Humanidade.

Eu me vejo pensando

Que coisa mais desprezível

Ter nascido na condição Humana

Raça sem jeito

Se olhar direito

Dificilmente alguém se salva

Mas estão todos certos

Nos seus tortos argumentos

Praticamente perfeitos

Se lhes damos ouvidos

Em suas teses e pontos de vista

É uma conquista pessoal

Pra nós mesmos

Qualidades que vão ao longe

dá até pra perdê-las de vista

Pessoas tão desprendidas

Abrem mão de tudo

O tempo todo

Pra logo em seguida

Abarcar a tudo que é seu por direito

E um pouco mais

Usando os dois braços

E mais aquela mão, que estava aberta

Certos das suas convicções

Que quase me convencem

Pois a sua razão

É sempre a razão mais certa

Sabem sempre de tudo

Sempre sabem onde vão

Cobertos de razão

Imbuídos de certeza

Pobre gente

Eternamente perdida!

Edson Ricardo Paiva