A placa na grama

“Não pise na grama!”, infere a placa
Mas a placa não basta
Pisam na grama
Riscam a placa.

Contrata-se um vigia
E vigia-se a grama e vigia-se a placa
A placa que não basta, quando se ausenta o vigia
(E se for mal vigia, há que se vigiar o vigia)

“Não pise na grama!”, infere a placa
Mas, e se mente a placa?
A placa não basta.

“Pise na grama!
Sinta a grama!
Brinque na grama!
Cuide da grama!”,
convidaria a nova placa.

E ao lado dos dizeres, um espaço em branco com outro convite:
“Risque aqui!”.
E contratar-se-ia,
além do vigia, um recreador.

Publicado em “Minha Hora Preferida - antologia poética”, disponível aqui em formato E-Book.
Vitor Pereira Jr
Enviado por Vitor Pereira Jr em 20/06/2017
Reeditado em 30/03/2019
Código do texto: T6032920
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