A RECONSTITUIÇÃO DO OMISSO

*Elias Alves Aranha

Já neguei um abraço e armei laço,

Cassei passarinho, e destruí ninho,

Comi a merenda do paizinho, furtei frutas do vizinho,

Deixei de expressar carinho,

Fui malicioso e astuto de comportamento mesquinho.

Burlei com esperteza produzindo cópias de feitos falho,

Furtei a empresa fazendo minhas fotocópias no trabalho.

Neguei o perdão e fui radical na ação,

Deixei de expressar amor manifestando rancor,

Traí sem piedade por prazer a infidelidade,

Fui falso, mentiroso, acomodado, preguiçoso.

Julguei, critiquei, neguei e injuriei,

Promovi desavença, a descrença e cobrei recompensa.

Já sustentei mentira, fui causador de ira,

Ingrato, egoísta, atrevido insensato, caçoísta, exaltado,

Tentei convencer e imitei por prazer,

Expressei palavrão ao invés de oração.

Sou desonesto mesmo!

Arrependo de minha arrogância a esmo,

Sou imperfeito e cheio de defeitos,

Sem moral entre o bem e o mal,

Quero nascer com o arrependimento como a florzinha que medra,

Quem do pecado se julga isento, atire a primeira pedra.

Quero deixar de ser perdido,

Desejo ser achado e absorvido,

Hoje faço meu próprio juízo,

Quero suprir o prejuízo,

Suplicando num sentimento profundo,

Rogando o perdão a Deus e ao mundo.

Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 20/06/2017
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