DESENCONTRO

Que sorte forasteira é esta

Que caminha sem sentido

Riscando rumo partido

E pouca ventura empresta?

Finge ser o destino, direção

Sussurrando ser boa nova

Se mais parece uma cova

Exílio arquitetado pro coração.

São desencontrados gestos

A nos jogar feridos ao chão,

Criando silêncio na emoção,

Com tais sonhos indigestos,

Que viram amarras pra ilusão,

Solidão nos desejos incertos,

E nos fazem boquiabertos...

Sem ter o amor, ah isto não!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, maio - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/05/2017
Reeditado em 30/10/2019
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