Sufoco Desabafado

Toda vez que a madrugada cai,

E a casa rende-se ao silêncio,

Ao perceber a temida solidão,

Sinto-me tão infeliz,

Bate-me um tremendo desespero.

Pensamentos que tiram-me o sossego,

E machucam-me tanto por dentro.

É como se nada fizesse sentido,

E aos poucos,

Percebo que estou me perdendo.

Já não tenho mais vontade de sorrir,

E se sorrio, é só disfarce para ninguém perceber

Que a angústia apoderou-se de mim.

Infelicidade absurda que alojou-se

Sem pedir permissão ou bater,

Destruindo o pouco de alegria

Que outrora existia,

Habitava em meu frágil ser.

Se cada um tem a sua sina,

Penso que talvez esta possa ser a minha:

Falar de amor, embalar corações,

Em contrapartida,

Eu fui feita para ser sozinha.

Só me resta aceitar os fatos:

Escrever é tudo o que me foi destinado.

Sendo assim, cumprirei o meu roteiro de vida,

Interpretando da melhor maneira possível

O papel que me foi confiado.

A você, meu caro leitor,

Peço, por favor,

Não julgue-me após a leitura desses versos tão tristes.

Por mais que eu não me orgulhe disto,

Nem sempre vou escrever sobre o amor,

Pois no peito carrego o peso da dor.

Mais um sufoco foi desabafado...

Gabi Alves
Enviado por Gabi Alves em 20/05/2017
Reeditado em 15/07/2018
Código do texto: T6003905
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.