A pena e a verdadeira liberdade
Uma pena
Uma única pena de pássaro errante
Sobrevoando lentamente o espaço
Mais leve que o vento
Mais lenta que a brisa
Traz segredos
Difíceis de imaginar
Quem sabe por onde andou?
Qual cume de alta colina esteve
E por qual campo verdejante e florido passou?
Um enigma!
Essa pena com poderes de viajar
E ver o mundo do alto
Pousa em total e sublime tranquilidade.
E no repouso que encontra
no fim de sua existência
Enquanto se queda ao esquecimento
Não se dá conta de que quem a gerou alçou os vôos verdadeiros
No alto, bem acima de seu descanso
Num bater de asas incessante
O pássaro cruza livre e indiferente o azul do céu.