Segundo 2

Beijarei os vermes à sua boca;

do vômito pútrido cuspirei,

sem nojo de novo te beijarei,

enquanto tiro à sua roupa.

Ajuntarei a minha nudez sobre a carnificina,

e me deleitarei como o abutre à carniça.

Me levantarei à meia-noite;

e darei o ósculo ante à sua ruína.

Penetrarei em você como um verme,

enquanto dormes, mesmo sem me pedir,

então, forçarei pra você me sentir,

entrando lêntido no meio da sua derme.

Você hoje está fria comigo.

Porque subo e desço,

minha volupia sobre o seu corpo,

e não ouço seu gemido.

Levantarei bem cedo

e cavarei à sua cama,

me deitarei ao seu lado

e dormirei o sono inerte sobre a lama.

Ensejo apodrecer reciprocamente estacionário,

então, rirei do momento,

quando sublevares em seu lamento;

Na face da morte, o meu escárnio.

Então levantarei dessa farsa,

de esperar ser sólito e apodrecido,

como um simplório ser vegetativo,

não deixarei pro fim, minha carcaça.

Assim, com um lençol de terra te cobrirei,

e deixarei você me trair com os vermes da escória,

então para longe da vergonha partirei,

e para sempre o tempo será de total inópia.

Judeu Yehudi
Enviado por Judeu Yehudi em 24/04/2017
Código do texto: T5980219
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