Selo das trevas

Poema inspirado no conto "O Deus das Profundezas" de autoria de minha amiga Mariane Palpini Cuinto.

Oh Rosa escarlate

Dentre muitas

A agraciada

Quando em teu peito

Ainda repousava

A piedade, a dor e o medo...

Em meus braços

Esquentei-te...

Com meu beijo

A tua alma

Putrifiquei!

E como abutre faminto

Consumi-a!

A tua essência

Enfim envenenei

Como serpente

Astuta te deixei

Meu cálice foi

Por ti aprovado

Misto de pecado

Paixão desenfreada

Luxuria...

Mentira bem contada

E quando teu rosto

Do sol escondia

Minhas trevas

Foi tua salvação

Quando na noite

Fria e cortante

Teu rosto

No espelho sorria

Sorria de mentira

Com amor...

O meu universo

Te apresentei...

Eliezer Teodoro
Enviado por Eliezer Teodoro em 22/04/2017
Reeditado em 06/05/2018
Código do texto: T5978441
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