A conjugação do ser alma.
Sou o verme da sociedade,
sou a morte depois do homicídio,
sou a culpa do seu erro,
sou o seu pecado cometido.
Sou a voz do seu lamento,
sou o ódio desse sofrimento,
sou o seu amor partido.
Sou o restante do seu fragmento,
e o fim total desse momento,
que não seja mais por mim contido.
Sou a amnésia do que fica podre,
sou a ecmnésia do seu opróbrio,
sou a miséria do que é pobre,
e o ser congênito do micróbio.
Sou por te lembrado,
e a morte algo hereditário,
e nunca sou por te esquecido;
como sou por te erradicado,
sou a forma mais obsoleta do mosquito.