O TRIGÉSIMO SEXTO DIA

Chegou o trigésimo sexto dia.

Levantou com um pensamento certo...

O mundo estava sempre aberto...

Era só seguir um caminho correto.

Assim no início do dia...

Já sentia a alegria...

Da vida que feliz seguia.

Encontrou pessoas pela rua...

Contou uma verdade sua...

Ouviu uma história da lua.

Prestou atenção no pensar...

De alguém que estava a falar...

De seu sonho, seu caminhar.

Era bom no silêncio ouvir..

De alguém que estava a seguir...

Um outro falar e agir.

No seu pensamento passante...

Sentiu o tempo voante...

Nas asas do hoje pensante.

Concluiu que se pode querer...

A cada passo reviver...

O seu momento ser.

E se tudo estava bem...

Não havia muito além...

Daquilo que sempre convém.

Aquilo que ontem viveu...

No passado do tempo venceu...

Para o amanhã que já amanheceu.

No olhar da vida sentiu..

Um grito suave que ouviu...

Da paz que ali seguiu.

E olhou para além da janela...

Um quadro da natureza bela...

Que brotava de sentinela.

Sentiu ser observada...

Sentiu ser cobrada...

Que o mundo era sua morada.

Além dali havia...

Alguém que escrevia...

Que seu mundo já revivia.

Viu ser um outro olhar...

Como a vigiar...

O que dizia seu falar.

Teve sua privacidade invadida...

Teve sua vida dividida...

Seria ali sua partida?

Aqui deixo para você fazer...

A construção de um outro escrever...

Para amanhã eu, enfim, ler.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 24/03/2017
Código do texto: T5951127
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