33 ANOS

Abro meus olhos

E vislumbro o horizonte

De minha própria existência:

Eis que chego à idade da crucificação!

De braços abertos

Espero meus cravos,

Digo as minhas verdades

Sem esperar que as multidões me sigam.

Já não temo nada.

Pois que lavem as mãos

E me entreguem à sanha

Da multidão ensandecida.

E que me venha a vida!

E que me venha tudo!

Já não há fantasmas

Me assombrando as noites

Nem as tempestades

Me causam pavor.

E já não carece

Me expulsar do ninho.

Aprendi a voar,

Aprendi a caçar.

A partir de agora

Sou as minhas garras

Sou as minhas asas

E a fúria da alma

Pelo céu da vida.

E, sem ilusão,

Espero o demais.

08/09/2012

Julius Patricius
Enviado por Julius Patricius em 24/03/2017
Código do texto: T5950335
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.