33 ANOS
Abro meus olhos
E vislumbro o horizonte
De minha própria existência:
Eis que chego à idade da crucificação!
De braços abertos
Espero meus cravos,
Digo as minhas verdades
Sem esperar que as multidões me sigam.
Já não temo nada.
Pois que lavem as mãos
E me entreguem à sanha
Da multidão ensandecida.
E que me venha a vida!
E que me venha tudo!
Já não há fantasmas
Me assombrando as noites
Nem as tempestades
Me causam pavor.
E já não carece
Me expulsar do ninho.
Aprendi a voar,
Aprendi a caçar.
A partir de agora
Sou as minhas garras
Sou as minhas asas
E a fúria da alma
Pelo céu da vida.
E, sem ilusão,
Espero o demais.
08/09/2012