Um tanto de mim, um tanto que quase esquecer
O de prevalecer só na obscura partida sem adeus
Ser o que deveras santificado é uma valentia de ir
Aceitando os escolhos, os tropeços, ser abismo...
Mais adiante o escurecer do véu, horizonte vulto
O meu andar roçante, indigno de andar à sombra
No meu sorriso raro a inequívoca andarilha muda
Esse meu eu a vagar silencioso com a alvorada
E o que sobra de meu pesar adianta os relógios!
Uma madrugada inculta e vagalumes que luzem
E o meu corpo alquebrado na matilha de sonhos
O céu que me vê se observa como eu ouso ver
E louca empreitada de minha aventura à cegas....
Minha conversa espalha fogo na fogueira e arde
Que ninguém me escuta quando amei e iludir-me
Caminhar em pedras roladas por limo insensato
E sou a causa de meu destino, indo tão perdida
O pisar de dama sem camélias, inerte florescer!
Me acompanham folhas perdidas e nuvens nulas
A minha recente primavera e fico vestida pra sair
E coloco em meu alforge antigo a dôr renovada
As nova esperança que abate os suaves enlevos
Eu olho o que não vejo embaçada pelas névoas
Ao meu lado alguém que invisivel me acariciará
Esperança num mistério envolta por caravanas
Trago comigo a oração calada de quem amou...
Nota adicional: a obra da pintura acima tem autor que julgo digno de mostrar aqui. O quadro se chama "It Was You" de Audrey Kawasaki. Acrescentada aqui, como a iludir ilustração ao texto que evoco, sem permisso por ora...
O de prevalecer só na obscura partida sem adeus
Ser o que deveras santificado é uma valentia de ir
Aceitando os escolhos, os tropeços, ser abismo...
Mais adiante o escurecer do véu, horizonte vulto
O meu andar roçante, indigno de andar à sombra
No meu sorriso raro a inequívoca andarilha muda
Esse meu eu a vagar silencioso com a alvorada
E o que sobra de meu pesar adianta os relógios!
Uma madrugada inculta e vagalumes que luzem
E o meu corpo alquebrado na matilha de sonhos
O céu que me vê se observa como eu ouso ver
E louca empreitada de minha aventura à cegas....
Minha conversa espalha fogo na fogueira e arde
Que ninguém me escuta quando amei e iludir-me
Caminhar em pedras roladas por limo insensato
E sou a causa de meu destino, indo tão perdida
O pisar de dama sem camélias, inerte florescer!
Me acompanham folhas perdidas e nuvens nulas
A minha recente primavera e fico vestida pra sair
E coloco em meu alforge antigo a dôr renovada
As nova esperança que abate os suaves enlevos
Eu olho o que não vejo embaçada pelas névoas
Ao meu lado alguém que invisivel me acariciará
Esperança num mistério envolta por caravanas
Trago comigo a oração calada de quem amou...
Nota adicional: a obra da pintura acima tem autor que julgo digno de mostrar aqui. O quadro se chama "It Was You" de Audrey Kawasaki. Acrescentada aqui, como a iludir ilustração ao texto que evoco, sem permisso por ora...