Mensageira ( tributo aos Oficiais de Justiça)
A missão de todo o dia
Escolha de uma vida
Com o brasão na mão
Leva a ciência de uma nova opção
Por vezes até uma nova condição
A solidão como parceira
É sim o peso
De uma profissão
Sim árdua missão
Que semeia, multiplica
Nunca dá folga
Urge o cumprimento
Novamente remete -se
Àquele comprometimento
Feito para ser honrado
Com o senso do esquecimento
E na execução
Deus me segura pela mão
O coração em oração
Para que por trás daquele brasão
Haja compreensão
Missão de expiação
Discrição e muita paixão
Senão se perde na multidão
Além de uma pasta repleta de papéis
Há em cada linha a história de alguém
Torço para não tornar um grilhão
Implorando para mim compaixão e e de novo compreensão
Afinal tenho apenas a minha solidão
Paciência, persistência,
Além da fé
Que indivídualiza
Os atos como incontestes
Pouco mais há
Além do caminho
Em passos alados
Monitorados e controlados
Conserva-se o louvor
À falsa crença da liberdade
É assim sacramentando o mister
Selado e inaredável
Cumprir sem jamais deixar cicatriz
Foi por isso que aqui nasci