Mensageira ( tributo aos Oficiais de Justiça)

A missão de todo o dia

Escolha de uma vida

Com o brasão na mão

Leva a ciência de uma nova opção

Por vezes até uma nova condição

A solidão como parceira

É sim o peso

De uma profissão

Sim árdua missão

Que semeia, multiplica

Nunca dá folga

Urge o cumprimento

Novamente remete -se

Àquele comprometimento

Feito para ser honrado

Com o senso do esquecimento

E na execução

Deus me segura pela mão

O coração em oração

Para que por trás daquele brasão

Haja compreensão

Missão de expiação

Discrição e muita paixão

Senão se perde na multidão

Além de uma pasta repleta de papéis

Há em cada linha a história de alguém

Torço para não tornar um grilhão

Implorando para mim compaixão e e de novo compreensão

Afinal tenho apenas a minha solidão

Paciência, persistência,

Além da fé

Que indivídualiza

Os atos como incontestes

Pouco mais há

Além do caminho

Em passos alados

Monitorados e controlados

Conserva-se o louvor

À falsa crença da liberdade

É assim sacramentando o mister

Selado e inaredável

Cumprir sem jamais deixar cicatriz

Foi por isso que aqui nasci

vivianne marinho
Enviado por vivianne marinho em 23/03/2017
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