SEM ESCOLHA - Poesia nº 57 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Porque procurar-me nas almas que deliram,

Se bem aqui às nossas vistas, se deformam,

Quando vêm esses medos que nos inspiram,

Arrancando-nos carnes que as transformam?

Ah! E se eu pudesse da vida nunca me tolher,

Eu entraria na membrana penosa do negrume

Da morte, soaria meu guizo, rumo a escolher,

E voaria nas noites como fosse um vaga-lume!

Eu, tragado por Deus neste mundo condenado,

Mesmo no aviso desta minha infame deslisura,

Deixei esse meu destino, assim, inconformado!

Sou o pecado do aflito dentro de uma clausura,

Renego essa perda lúgubre onde fico plantado,

Fico frente à porta do adeus, em febril loucura!

Eduardo Eugênio Batista

@direitos autorais registrados

e protegidos por lei

Setedados
Enviado por Setedados em 21/03/2017
Código do texto: T5948129
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.