EU E A BALA, ANTES DO SEU ÚLTIMO OLHAR - Poesia nº 54 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Quando eu retorno desta missão desolada,

Vejo-me a perceber em seu mundo interno,

E há muitas coisas perversas, confrontadas,

Onde nada parece sobreviver neste inferno!

Como se a bala me perfurasse o sentimento,

Minha mente se penaliza nesta morte lenta;

Sou alvo do pavor convulsivo em sofrimento,

De tanta agonia meu pobre coração rebenta!

Sei que moras na gratidão da palavra amiga,

Que acolheste com educação da crédula paz,

Mesmo que a sorte não pudesse ser atingida!

E não há mais ira neste olhar, que se desfaz,

Parece que do peito sim, ela já foi esquecida,

Dó sem vida, ninguém por ti a chorar, rapaz!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 20/03/2017
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