TREVAS

Estas sombras que me conduz,
Este cavaleiro da treva, infinda...
Este desejo, que não se reproduz,
Parece incontido, ainda…

Por que navego sob a sombra,
Por que a escuridão domina,
Por que estou nessa penumbra,
Por que o pesadelo não termina…

Essa ausência completa de luz,
Parece ser o poder da ignorância,
Definhando o saber que reluz,
Delimitando o saber da consciência.

Como sair do abismo impenetrável,
Fugir do obscuro inconsciente,
Esta sombra me mantêm estável,
Pareço dominado, contente.

Por que almejo a plena luz,
Mas contemplo essa escuridão,
Será a retina que não reproduz,
A face real da perdição.

Estou preso nessa escuridão,
Aguardo teus olhos de luz,
Vulnerável, sensível, na solidão,
Tire-me da treva que me seduz.

 
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 20/03/2017
Reeditado em 30/08/2017
Código do texto: T5946663
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