FIM DE TARDE
                                                

Águas cristalinas descem

margeando o caminho de casa

Sua pureza provoca

uma  reflexão diária

 

O lavrador se enternece

solenemente faz uma pausa

Inclina-se, tira o suor do rosto

Bebe da água doce e se alivia

A correnteza prossegue

levando o cansaço do dia

 

O homem se levanta 

como quem recebeu

uma bênção divina

Seca as mãos na roupa do corpo

e segue em direção ao lar

 

Gente assim nem precisa rezar

Seu respeito à natureza

e seu jeito de viver

por si sós já representam

a verdadeira oração

 

Maria do Carmo Fraga(MarianaMendes)
Enviado por Maria do Carmo Fraga(MarianaMendes) em 14/03/2017
Reeditado em 02/12/2023
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