FIM DE TARDE
Águas cristalinas descem
margeando o caminho de casa
Sua pureza provoca
uma reflexão diária
O lavrador se enternece
solenemente faz uma pausa
Inclina-se, tira o suor do rosto
Bebe da água doce e se alivia
A correnteza prossegue
levando o cansaço do dia
O homem se levanta
como quem recebeu
uma bênção divina
Seca as mãos na roupa do corpo
e segue em direção ao lar
Gente assim nem precisa rezar
Seu respeito à natureza
e seu jeito de viver
por si sós já representam
a verdadeira oração