Pra frente meu tiziu. Prafrentex. Numa boa coisa sed lex.
De doida e tonta já me basta o parangolé dos anos 60
Eu divertida de camurça, samburá, coisa louca de daná
Beijei tão logo um breve principe ao despertar augusto
Minha fala agora é doida demais, corpo e bailando taras
Pra detrás, vou avante. O progresso ao levante. Loucura.
E sou assim a atrevida em prosa desvairada, solta e nua
Das tantas que colhi as ameixas eu ajardinei. Onde falo?
E cadê o telefone ingrato que só toca-me agitando hora?
Mal pergunto e o vento me leva, ao sabor de desapegos
Estou na tonta avenida em linhas de destino nas ciganas
Uma brasa mora! Eu que alegro, o mundo se desmonta
Mata-me o herói, sozinha estou, onde o passo bailarina
E brevemente a música que entoar não se canta calada
Minha voz em brado espreitar e esse desejo com tesão
Amiúde sou a perfeita ciganinha, brejeira, a bruxa lumiar
Rica dos andrajos, silueta maestrina, sou a mulher dificil!!
No esboço de meus mapas astrais, convite ao destinar
A doce astrologia de meu recear encantar desvairadice
Amarga que de mim defende a valentia, ser donzela vã
E a ninguem me rompe o laço inocente, virginal doçura
Linda ao sorrir vazios, fecundar raízes, uma louca a falar!
De intrusos vem ao meu reino e reinar me deixa verdesã
Ciumeira das árvores que crescidas já tem filha amada
Pra longe meu sertão, um campreste aldebre pantanal
Me afogo em dívidas dum amor ausente ou calada rija
E pra frente e adiantar, confiar nas amantes meio tôlas
O afundar insisto e morro padecida, um conluio de viver
Uma princesa ao colo, a cada hora sem reis, sem Luas
A noite que segue não prossegue e eu adiantar chorar
Hoje perdi a nota que se toca uma ofensa orquestrada
Eu sou a lindérrima última escolhida, apavorada dona
De vestir lisuras e estrelas, ou amanhã serei a cortesã
A lágrima, o terço fútil, a face debutante, vergonhada
Sinto de amores o perdão do abismo, na negra ilusão...
E desapareço testemunha de uma vida sem senhores
Nas ruas eu quero carros, nas de táxis só a alucinação
Os erros da vida, os meus tesouros, minhas mortalhas
Cedo que morressse antepostarei as sentinelas mudas
Inda que desgraça se deleite materno, e nunca casarei!
Sou a doida brucinha de capengar passos na belezura
E a poesia a minha mestra senhoria que sou, é magia!
Mas se me der automóvel eu te parto com a vassoura!