Depressão Poética XXII

Despertar do sonho

Entre a morte de um adormecer

O parto doloroso um novo acordar

Existe o mediano tempo do sonhar

E um outro tempo do conhecer!

Vida que me corre nas paredes sombrias

Que desliza pelos gélidos lençóis do leito

Memória do tempo que em mim sorrias

Dor da solidão que carrego no meu peito!

Volto a morrer a cada dia na esperança

A cada noite em ti me encontre no sonho

Que a vida de mim te arrancou, matança!

Ignóbil pecado, dos deuses que amaldiçoo

Na esperança que na amiga morte ponho

Esperança germinada, sonho que abençoo!

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 26/02/2017
Código do texto: T5924232
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