O Trono

O som do vento

O sol ardente

Parado o tempo

O Sangue pingando

Na terra em frente

Aos lados e atrás

Mas sempre abaixo

Da Cruz

E embaixo a gente

Cada vez mais

A Mulher de pé

Contempla sem respirar

Aquilo que nem palavras

Podem expressar

A Cruz sobe, sobe e sobe

Tanto...

Levando à vertigem

O Santo dos santos

O Rei de Israel

Filho da Virgem

E enquanto ela sobe

A Vítima Inocente

O esgarçar dos pregos e chibatas

Em Sua Carne sente

Envolto no arminho do cuspe

E com os louros do espinheiro

De Trono tão agreste e rude

Quem mais poderia sentar

E afugentar o Diabo

Para governar o mundo inteiro

E ser por ele Ignorado?

João Antonio Heinisch
Enviado por João Antonio Heinisch em 24/02/2017
Reeditado em 25/02/2017
Código do texto: T5922322
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