LABUTA.

Na labuta diária

5 da manhã, tomo o homem de lata

Vou cantando, vou sorrindo

Obrigado Senhor, pois mais esse dia lindo!!

O sol tímido, vem vindo, por trás dos prédios da as caras.

Não demora, chego a obra.

Se inicia a batalha.

Meio dia, dá moleza..

Vou comer minha marmita

Feita com tanto amor por Tereza

Ê Tereza, minha nega!!

No meu coração onde quer que eu esteja.

Retorno a luta!!

pego firme no batente

No fim de tarde vem chuva

Sujo de cimento, pensamento longe..

Até que o enxadão da obra toca!!

Vou-me embora com ligeireza

Vou pro aconchego do meu Lar

Ver meu filhos, ver Tereza

Obrigado senhor, por esse dia a mim dado!!

Faço a louvação baixinho, indo sentido bairro

Chego em casa e lá está!!

Minha nega e as crianças

Todo carinho que recebo é o estimulo e a esperança

De continuar com força e coragem

Provendo a minha família, o pão e a dignidade.