O ser de mente fraca

As cordas do violão

Subiam e desciam por meus ouvidos de forma clara e conclusiva.

E é disto que me lembro

Sobre aquela noite

A lua estava tão bela

Sentíamos macia em nossas peles apenas de olhar.

(Falávamos dela enquanto tomávamos um vinho barato)

A cidade por completa e mera coincidência

Estava tão parada quanto uma água em uma taça.

Esperando que a bebamos

Flertavamos pelo subconsciente

Admiravamos um ao outro pelo consciente

Inabalável éramos sobre o momento e a imensidão de uma cidade movimentada.

E mesmo com tudo isto

Mesmo com tudo o que tínhamos

Não tínhamos nada.

Quanta ironia desse nosso viver,esperando que víssemos um ao outro nosso espelho.

Eu me lembro bem sobre aquela noite.

Me lembro de te - lo em meus braços

Me lembro de estar em seus braços

Me lembro do quanto durou as horas

Me lembro do quanto o tempo correu.

Me lembro de ontem colocar cigarretes para escutar (Pus-me a entrar aos prantos)

Como podes um ser lembrar do tão passado e esquecer o adjetivo final de sua canção favorita?

Me trás a questão de que tínhamos tudo

E não tínhamos nada.

De que tenhamos tudo

E não tenhamos nada.

De que possível maneira despertar disto?

O homem!

O ser extremamente revolucionário de inúmeros e extensos séculos

Criar mentes brilhantes

Criar idéias de mudar o mundo

A descoberta para cura de diversas pragas

Não saber sequer uma única solução para a mais breve e contínua situação!

O incomodo da existente ausência de outro ser.

Anaju meirelles
Enviado por Anaju meirelles em 22/02/2017
Reeditado em 22/02/2017
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