Sonata...

Solto o meu riso solto no ar
E pelas vielas da madrugada
 Em sussurros ecoa,
O meu riso em sinfonias debochado,
Assim eu canto a minha sonata,
Numa tumba enclausurada.
Sou ave detenta no tempo
Presa, e sem  asas para voar,
Seguindo, embalando as canções,
Dentro da negritude da noite sombria
E no sonho espalho os meus louvores,
Como se ainda, de amor flamasse,
Pois embevecida e serena me refaço
Quando juntos nos fundimos, sob
O mesmo silêncio, pois em ti
Ganho vida na tua luz!