Tapioca

Tapioca

Não me venhas com sabor de queijo

Não alteres meu desejo

O gosto não se troca

És goma

Nada te soma

Não me provoca

Sei que és tapioca.

Esse preço lucrativo

Esse formado de cubo

Eu te manjo, descubro

Falsos atrativos.

És farinha

Fina ou grossa

Quentinha

Não há quem possa

Resisti

A teu sabor

Aí de ti

Esse temor

De mudar

O que não muda

Pois se nasceste na oca

Morrerá tapioca.

POEMA PARA DOIS.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 19/01/2017
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