Desotimismo Interpessoal

Sou uma pessoa para se conhecer brevemente.

Conversar face a face por quinze minutos.

Com intensidade, profundidade ou grande presença.

Tudo se esvai depois disso.

A outra pessoa se desinteressa.

Precisar pular para outro lugar.

Voltar suas atenções para o que realmente lhe interessa.

Deficiência de auto-estima eles dizem.

Insegurança incômoda ressaltam.

Mas nada mais certo que a realidade conhecida.

Relatada pelas experiências práticas.

Com tantos indivíduos distintos.

Não posso me apegar demais para não se afastarem tão cedo.

Não posso me afastar demais para não desaparecem tão naturalmente.

Apenas preciso de quinze minutos.

Algo mais ou menos, dentro dos limites pessoais.

Deixarem observar-me, conversar e reagir igualmente às particularidades do outro.

Ou mesmo ao seu modo artificial de se comportar com um alguém indiferente para si.

O tempo é pouco.

Talvez até demais.

Antes que enjoem e coloquem todo seus pés para trás.

Tentativas frustradas de mudanças profundas foram realizadas.

Sem efeitos significativos.

Quando não há mais nenhuma ligação em comum.

Refletem em suas atitudes e poucas palavras:

"Um dia a gente se esbarra por aí.

Nas correrias da cidade.

Ou nas andanças da vida."