Parto das letras.
Malditas palavras,
não te escondas,
nem se junte com a gramatica,
para o poeta executar,
porque o sentimento me ajuda,
e o corretivo vem me salvar,
não peças ajuda pras rimas,
elas querem é complicar,
vou pedir para o mar,
com formas exuberantes,
e suas lindas ondas,
a imaginação liberar,
pegando um Neruda,
com um conserto de Mozart,
você vai se ferrar.
Quando um canto do sabiá,
meus neurônios massagear,
os dedos nervosos,
o teclado aperrear,
as estrofes vão surgindo,
e assim constituindo,
em versos o meu pensar.
Quanto mais eu vou lendo,
o filho vai nascendo,
num parto poético,
da minha imaginação,
e o que era barulho,
ouço canção,
e dessa ruma de entulhos,
vem a construção,
de uma nova poesia.