Parto das letras.

Malditas palavras,

não te escondas,

nem se junte com a gramatica,

para o poeta executar,

porque o sentimento me ajuda,

e o corretivo vem me salvar,

não peças ajuda pras rimas,

elas querem é complicar,

vou pedir para o mar,

com formas exuberantes,

e suas lindas ondas,

a imaginação liberar,

pegando um Neruda,

com um conserto de Mozart,

você vai se ferrar.

Quando um canto do sabiá,

meus neurônios massagear,

os dedos nervosos,

o teclado aperrear,

as estrofes vão surgindo,

e assim constituindo,

em versos o meu pensar.

Quanto mais eu vou lendo,

o filho vai nascendo,

num parto poético,

da minha imaginação,

e o que era barulho,

ouço canção,

e dessa ruma de entulhos,

vem a construção,

de uma nova poesia.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 18/01/2017
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