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Pessoas correm

E depois tropeçam

Pessoas morrem

E envelhecem

Pessoas sonham

E não correm atrás

Pessoas trabalham

E não vivem mais

Pessoas veem

Mas não enxergam

Pessoas sentem

Mas não de perto

Pessoas amam

Mas não de verdade

Elas se perdem

Na realidade

Pessoas pensam que são únicas

Mas esquecem dos sete bilhões

Mesmo que seja verdade

É tudo em vão

Pessoas sentem

Mas é tudo medo

Pessoas fingem

Ter sentimentos

Pessoas não se abrem

E se isolam

Deixando escondido

O que as transborda

Pessoas acham que são felizes

Atrás da mesa de diretrizes

Pessoas acham que estão sofrendo

Mas nada passa de aflição do tempo

Que toca no relógio e no seu celular

Que grita de manha para você acordar

Que marca o seu rosto com rugas

E te presenteia com sementes sujas

Para no fim você não ter feito nada

Ter sorrido pouco

E não ter dado risada

E tudo o que você fez foi um legado em vão

Que você acha que foi com o coração!

Matheus Augusto Buarque
Enviado por Matheus Augusto Buarque em 13/01/2017
Reeditado em 26/10/2017
Código do texto: T5881196
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