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Pessoas correm
E depois tropeçam
Pessoas morrem
E envelhecem
Pessoas sonham
E não correm atrás
Pessoas trabalham
E não vivem mais
Pessoas veem
Mas não enxergam
Pessoas sentem
Mas não de perto
Pessoas amam
Mas não de verdade
Elas se perdem
Na realidade
Pessoas pensam que são únicas
Mas esquecem dos sete bilhões
Mesmo que seja verdade
É tudo em vão
Pessoas sentem
Mas é tudo medo
Pessoas fingem
Ter sentimentos
Pessoas não se abrem
E se isolam
Deixando escondido
O que as transborda
Pessoas acham que são felizes
Atrás da mesa de diretrizes
Pessoas acham que estão sofrendo
Mas nada passa de aflição do tempo
Que toca no relógio e no seu celular
Que grita de manha para você acordar
Que marca o seu rosto com rugas
E te presenteia com sementes sujas
Para no fim você não ter feito nada
Ter sorrido pouco
E não ter dado risada
E tudo o que você fez foi um legado em vão
Que você acha que foi com o coração!