Tinta e papel

Laivei o meu pincel

no cinza do cascalhado

no entardecer fogueado

no chão ressecado

no desbotado areado...

Laivei o meu pincel

na luz do horizonte

na sombra atrás do monte

no suor da fronte...

E no branco do papel

vão aparecendo inquinações:

de folhas secas, chão árido

amarelados ipês, buritis, ar cálido

pequis, céu divino e estrelado

num desenho do cerrado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Novembro de 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/11/2016
Reeditado em 08/11/2019
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