BRADO DE UM ABORTADO

BRADO DE UM ABORTADO

Minha sina foi traçada antes

O direito a nascer não levaram em conta

Supliquei clemência pela minha vida

Não tiveram piedade e nem remorsos

Eu tentei vir ao mundo... foi um erro

Pois é... não me deixaram viver

Só vivi cinco meses... num útero

Meu corpo tenro foi jogado no lixo

De nada adiantou apelar para a justiça

Ah! Foi ela que autorizou meu destino

Paguei por uma leviandade não minha

Minha morte libertou alguém, foi isto?

Sei! Tinham-me como uma vergonha!

Que culpa tive das culpas suas?

Assassinaram-me para o bem de quem?

Meu que não foi, se acabei por morrer

Será se fui filho de estrupo?

Ou bastardo de mãe solteira?

Quem foi minha progenitora?

Quem foi meu pai? E avós?...

Ainda assim eu queria abraçar-te, minha mãe

Alimentar-me sugando seus peitos

Até DEUS me abandonou

Resta-me oferecer perdão...

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EXCLUSO

Vida arrancada sem o primeiro encanto

Sem musica de ninar, como acalanto...

Nem riso ou choro,concepção não concedida...

Triste realidade, que levou minha vida...

Interação do amigo MAURILIO GABALDI

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 28/01/2013
Reeditado em 29/01/2013
Código do texto: T4109420
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