A Musa – Sempre tão bela?

A musa sempre tão bela! Pegada de poema trivial.

Frases frias que a feiúra real revelam, descrevem

Dura vida, fugindo do sonho, condenando o irreal.

Anita, Anita, vida sem sonho é tristonha vida real

Beleza é coisa que nos olhos de quem a vê habita

Imagem do observador pintada em espelho alheio

O Rio de Narciso, assim Wilde, claro, interpretou:

Desde que morrera Narciso, corria o Rio a chorar

Pois às suas belas margens não podia mais, o Rio

Sua maravilha, nos olhos de Narciso, contemplar.

Beleza, parando-se para observar, é sempre ideal

Pra uns poucos, tampouco, e outros tantos demais

Lipos, academias, corrida por ocas formas, irreais

Minha musa comum, alemã, fato, pouco bonita é!

Beleza comum trivial, encaixa num padrão normal

O que é feio, bonito? Alguém me pode responder?

Certos feios, na Alemanha, no Brasil estão bonitos

De seco, a realidade é coisa horrível! Lindo sonho

É olhar artístico, requisito do aprender saber viver

* * *

Para a colega Anita D Cambuim, que por seu interessante comentário no poema ‘Ela, de novo’ me fez, mais uma vez, pensar sobre esta BELA questão :-)

Mais sobre este tema no artigo ‘O Belo e o Feio no Avesso do Espelho’. Tendo um tempo, vale a pena conhecer minha amiga Lindanaura.

A todos os colegas e leitores,

uma boa semana, um abraço fraterno! :-)

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Da série

‘Poesia básica trivial e necessária - para mim!! -

Verso de cada dia nos dai hoje, sim?’