A SEREIA

A sereia pousou

seu canto nas

barbatanas do peixe

Nemo adonde

gélidas águas de poço

curaram meu banho de cuia.

Cato amores

refugiados nos altíssimos

pés das goiabeiras

que abrilhantam à horta

defronte ao capinzal

dos portais cósmicos.

Que, as canoas

serenam no céu estrelado

do campo farto

na Ilha do Jorge, todas

as toadas matracadas nas

festas noturnas de bumba-meu-boi.

Jogo minhas

vestes ao mar, peço

bonanças, diretrizes

e sabedorias para as folhas

da consagração que

cruzam os meus caminhos.

Mãe D'água,

riacho do mato,

cupim roedor, azeitoneiras

pretas, silêncios

e assovios

dos Curupiras marcando

simbologias nas tucumzeiras

do seu território.

Wesley Moraes
Enviado por Wesley Moraes em 27/09/2017
Código do texto: T6126205
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