A tagarela!

Sempre falei muito

E como quem muito fala

Não escuta ninguém

Meus filhos me chamam

E falam que tenho déficit de atenção

Não sei se é isso, não

Só sei que sempre estou

Com minha mente em algum lugar

Que nunca é com quem estou a conversar

Por tanto falar

E ninguém aguentar

Por eles em casa

Mandar eu me calar

Passei com a caneta

E o papel a conversar

Com eles posso falar até cansar

Eles não mandam-me calar

Com a caneta e o papel

Falo sobre tudo

Questiono o mundo

Desabafo, falo dos meus problemas

Sem ouvir opiniões

E sem reclamações

Algumas pessoas me perguntam

Quando comecei fazer poesias

Respondo que foi com 49 anos

Se me perguntassem

Quando comecei escrever

Diria com 19 anos

Passei a escrever um diário

Mas perdi ele

Quando sai de um emprego

Que era uma casa de família

Só em 2009

Foi que voltei a escrever

Sobre o meu dia a dia

E tudo que me acontecia

Em 2015

Chegou as poesias

Se me contassem anos atrás

Que um dia faria poesias

Jamais acreditaria!

Geovana Borges

A POETISA DE SANTOS QUE É BAIANA

23/10 /2017

Uma segunda fé de chuva em Santos

Na minha amada cozinha

Geovana Ferreira
Enviado por Geovana Ferreira em 23/10/2017
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