Antiga novidade.
Novidade antiga,
encontrar o sentido da vida.
Largar a dor perdida,
se livrar da intriga.
O moderno bebendo o tradicionalismo,
o agora sem surpresa.
Eterna reflexão do existencialismo,
a segurança que não corre risco.
Passado seduzindo o hoje,
beijo de neurose doce.
O futuro subitamente amarrado no não acontecer,
unido com a rapidez do querer.
O impossível vislumbro no susto,
o temível vencido pelo maduro.
Presente de acúmulo impensado,
situações do aqui insondado.
Antiga novidade,
algumas respostas jamais sabe.
Antiga novidade,
o inadiável com pressa detestável.
Antiga novidade,
o equilíbrio da liberdade.
Antiga novidade,
o mistério da arte.
Antiga novidade,
em quantas pessoas o mundo cabe?
Antiga novidade,
conduzir o futuro da humanidade sem catástrofe.
Antiga novidade,
o limite final da vulnerabilidade.
Antiga novidade,
a beleza na estranheza.
Antiga novidade,
o abstrato segredo do ato.
Antiga novidade,
aliança da mentira e da verdade.
Antiga novidade,
o erro que batalha e falha.
Antiga novidade,
a certeza emaranhada na relatividade.
Antiga novidade,
o infinito amortecido no luto.
Solidez do registo oculto,
tudo é flexível no minuto.
O antigo já é aprovado,
no mínimo ele é obrigado.
Evoluem,
os costumes,
a filosofia,
os alimentos,
a tirania,
os amores,
a maneira,
os perigos,
e até mudança,
mudou.
O antigo e novo,
juntou
e ainda sim,
a evolução não parou
e
em resposta nenhuma chegou.
A
resposta
é
o ângulo
por
qual
se
olha.
Muda o ângulo e muda a resposta
se é correto pouco importa!
Quem é professor de tudo
para responder as novidades
antigas do mundo?