Na aridez da estrada ao norte
De um céu azul, doído e forte
Carros, caminhões e seus destinos
No asfalto a morte quase ardia.
 
Na beira do caminho, um menino
Cuja sorte aos poucos derretia
Pés descalços, sem camisa
Pele curtida, esmaecida
Fazendo a sua travessia
 
Mato ralo, pouco verde.
Uma árvore retorcida
Embaixo dela,
A esperança
Um sopro de vida:
Uma flor!
 



 

 
 
 
MaluNovo
Enviado por MaluNovo em 31/03/2017
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