VIDAVENTURA

Ah, vida mar, dilacerante, conturbada, doída, sentida;

Vivida em espasmos, distensões, contradições.

És tão minha, de todos, e não por acaso, também, de ninguém.

Sentença de morte, conta gotas, no nascido;

chegadas, choros e gritos, silêncios previstos.

Que serventia tem o medo quando o coração se embriaga desse mar?

Entre sereias, dragões e serpentes, venturoso, navego teus encantamentos, nestes teus, espaço e tempo, chamados, aqui e já.