Descortinando para o palco da vida

Nessa peça de teatro rasguei o meu papel

secundário

No camarim, me olhando no espelho, retirei a

maquiagem desbotada que ofuscava não só a

minha a face, mas silenciava aos poucos o que

na alma gritava, o amor

Tirava-me o sorriso do rosto, confundindo o

que sempre defendi

As vestes fui retirando uma a uma, delicadamente

A fantasia da ilusão foi caindo aos poucos

Meus pensamentos estão livres, os sentimentos

serenos

Não abandonei o teatro, sento-me na plateia

E sei exatamente o que devo fazer

Contrariando Shakespeare, reescrevo uma peça

em que a minha personagem não morra

por não poder viver uma história de amor

Ela nasce ao abrir e fechar das cortinas no

palco da vida.

Assinado, Ela. A Equilibrista.

A Equilibrista
Enviado por A Equilibrista em 23/10/2017
Código do texto: T6150819
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