Despertar do medo

O vento trouxe o despertar do medo

Trouxe voz na madrugada clamando

E olhar atento ao som desse enredo

Cada novo barulho que vai alertando

Os sentidos afloram, e a pele arrepia

É o medo vivo, sem estar camuflado

Roubando o sono, tatuando a poesia

Em cada verso pulsante, e acordado

Pelo vento que passa rindo da menina

Sarcástico e sem alma, deixa angústia

Como companhia, na secura da retina

Que observa a noite e a sua antipatia...