Mente de um poeta

Toda noite, vontade de chorar;

Toda hora, quero me matar;

Todo dia, lágrimas a rolar;

Corpo, aparência que não consigo aceitar.

Minha dádiva é ser louco,

Bênção que me consome aos poucos.

A loucura de um poeta,

Vai muito além de seus poemas!

Olha que loucura,

Eu possuo minha "cura",

Mas estou bem sem a sanidade...

Ou crio dor ou uma criatura.

Essa distorção é minha genialidade.

Pensamentos que tiram o sono,

Que volta e meia eu penso...

"Sou um gênio ou monstro?"

E vendo esse mundo, eu choro

Sofrimento que quero que acabe logo.

Se vejo meu reflexo...

Vontade de me matar,

Mas sou fraco e

Incapaz da dor aliviar.

Ainda mais quando tenho coisas pra falar,

Ideal que esse mundo quero mudar!

Talvez eu seja indício,

E como homicídio

De um psicopata

Que não sente nada,

Sou eu, pedindo a minha eutanásia!

Liberdade é imaginar,

Minha loucura

Dá forças pra "voar",

Sonhos pra realizar.

E que esse mundo vou transformar.

Baseando meus sentimentos,

Loucuras e sentimentos

Na profunda e obscura dor.

Alma de um poeta

Mente insana, louçã de um sofredor!

Com meus próprios olhos

Consegui enxergar

Tudo o que "suja" o mundo...

E a paz que não

Consigo encontrar mais.

E quem vai se importar,

Se a solução for

A minha execução?

Traria alívio pra mente e coração.

A solução pro mundo,

Tenho que divulgar,

As pessoas ajudar,

E quem sabe...

Esse mundo mudar!

Mas, ainda tem a questão,

Do meu escuro e despedaçado coração.

Que tanto já sofreu de paixão,

Saudade e desilusão...

Que hoje vive em escuridão!

Nâo sabem o que sinto

Quando dizem...

"Esse mundo é lindo!"

Triste e revoltado,

Continuo sorrindo.

O mundo te suga e faz mal,

Se não for forte

Cai num lugar infernal,

E aceitar evitá um funeral!

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 23/10/2017
Código do texto: T6150678
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