MANDÍBULA-O VAMPIRO QUE NÃO MORDIA

Descendia do Conde Drácula

Mandíbula nome da figura

Um vampiro meio diferente

Que não morde ou fura

Pedra no sapato da família

Chupadores provoca ranhura

Belo morceguinho se emoldura

Calvário, martírio e drama

Primeira mamadeira de sangue

Dentuço afasta e derrama

Mínima gota do líquido

Recusava, chorava, reclama

Equação ali se proclama

Emergência tentam resolver

Acampando floresta sombria

Despertar sede de beber

Caçando pessoas e animais

Mostrando como deve ser

O pai fica pra morrer

O filho, seu comportamento

Dizendo que não precisa

Matança sem cabimento

Somos imortais podemos

Viver de outro alimento

Sangue é fedido e nojento

Mela toda nossa roupa

Esse tipo de tradição

Esqueça,favor me polpa

Prefiro ficar em casa

Confortável,comendo sopa

Mãe sabe e fica louca

Com o herdeiro nervosa

De castigo no calabouço

Pra domar cria teimosa

Dando espaço a reflexão

Consigo mesmo uma prosa

12 meses, sentença impiedosa

Mandíbula lá encarcerado

Ansiosos por novo homem

Retiram correntes, cadeado

Muito alegres e confiantes

Que menino tinha mudado

Num banquinho amordaçado

Um qualquer lhe espera

A refeição, crucial teste

Momento de ele virar fera

O vampiro toma atitude

Da vítima se apodera

O refém pensou,já era

Quando o ser lhe abraça

Rezando em pensamento

Ave Maria cheia de graça

Me livre desse mal

Tragédia eminente, desgraça.

Preces atendidas uma taça

Sangue fresquinho não suja

Liberta o pobre coitado

Que corre, gritando em fuga

Decepção grande, não entendem

Dúvida logo se promulga

Clã olhando lhe julga

Argumentos o defendem

Mamãe, papai não nasci

Pra furar pescoço, entendem

Ouvem aquilo e desistem

Entregam pontos, se rendem

Vampiros não compreendem

Acham engraçado, conto, mito

A história do Mandíbula

Pra raça não é bonito

Vampiro que não mordia

Nessa poesia foi descrito

Jonnata Henrique 08/10/17

JonnataHenrique
Enviado por JonnataHenrique em 08/10/2017
Reeditado em 22/07/2018
Código do texto: T6136115
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