Filhos

Quando pequenos, que bonitinhos

tive amor e devoção,

trabalhei muito,criando os filhinhos

entreguei minha vida, meu coração.

me sinto, uma heroína

criar sozinha, sem pensão

sem ajuda,isso que eu era uma menina,

não fui perfeita, mas dei meu coração.

andei, andei com as crianças

vendendo arte, que eu criava,

muitas cidades, varias mudanças

elas cresciam, e o tempo passava.

escolheram um dia, ir embora

fiquei doente, quase morri,

não aceitei, pois não era a hora

eles me esqueceram,eu não esqueci.

Até hoje,não sei porque Deus me deu

filhos tão amargos e frios,

o meu amor,nenhum mereceu

como podem, ser gelados e vazios.

Qual a mãe, que sai no mundo com os filhos

nas costas, mais as mochilas,

fugindo de um pai estuprador, sendo andarilhos

mostrando a realidade sem fantasias.

Aprenderam a ter personalidade

e vivem suas propiás vidas,

mas não sentem amor, nem saudade

tenho pena destas almas perdidas.

Deus deu a mim, filhos adotivos

que me preenchem esta brecha

nem os animais, nem os primitivos,

são como meus filhos, portas que não abre, nem fecha.

Mas aqueles da rua, sem mãe e sem pai

dei o mesmo amor e carinho,

e o murmurar mãe, de suas bocas sai

e sou feliz, com meus adotivos filhinhos.

hoje já não sofro mais

por amar filhos que não mereceram

a consciência tranquila, porque fui capaz

de fazer por eles, o que por mim não fizeram.

Eu estou muito contente

minha missão esta cumprida,

de cabeça erguida sigo em frente

sinto por, a deles estar perdidas.

DIANA LUIS
Enviado por DIANA LUIS em 05/10/2017
Código do texto: T6133559
Classificação de conteúdo: seguro